Com o avanço da vacinação, é possível notar o retorno de inúmeras atividades em espaços coletivos. Com isso, as empresas estão se preparando para a retomada do trabalho presencial, de forma gradual, já que a pandemia não acabou.
Porém, a segurança dos colaboradores que é, sem dúvida, uma grande preocupação, não deve ser a única a embasar um retorno bem planejado aos escritórios.
Os últimos 18 meses de home office trouxeram à tona questões como os prós e contras dos esquemas de trabalho em casa ou híbrido e a atenção à saúde mental dos colaboradores.
Nesse exato momento, já é possível receber alguns feedbacks de pessoas que retornaram aos escritórios e questionam que as medidas oferecidas pela empresa ficam na esfera do espaço físico e higienização.
Duas pesquisas realizadas por renomadas instituições revelam realidades que parecem incompatíveis quando se pensa na dicotomia trabalho presencial versus home office.
Segundo a apuração feita pela Korn Ferry, empresa global de consultoria organizacional, 70% dos profissionais acham que home office é o novo normal e que retornar ao escritório será “difícil”.
Mais da metade dos respondentes diz que pensar em voltar ao escritório é causa de estresse, mas ao mesmo tempo sente que a distância física pode comprometer seu desenvolvimento profissional.
Por outro lado, a pesquisa feita pela Fundação Dom Cabral mostra que, apesar do aumento de produtividade indicado por mais de 58% dos respondentes, para muitos a experiência do home office implicou também em maior carga horária. Além disso, destacaram dificuldades de relacionamento com colegas de trabalho e maior desequilíbrio entre demandas pessoais e profissionais.
Dados levantados pela Kenoby, software de recrutamento e seleção, demonstram que 71% das organizações não possuem uma área ou pessoa dedicada ao tema e que 53% dos entrevistados não souberam dizer em quanto tempo a empresa pretende investir na área.
19/10 – Portal Terra