Mesmo com o avanço da vacinação contra a Covid-19, as grandes empresas chegaram a meados do ano adiando, novamente, os planos de retorno aos escritórios. Metade das companhias já decidiu deixar o trabalho presencial para 2022, conforme pesquisa da consultoria KPMG, feita em julho e agosto.
Na edição anterior do levantamento, referente a março e abril, um terço (33,8%) dos entrevistados informou que a volta ficaria mesmo para o próximo ano – agora, 48% citaram essa opção, enquanto 52% disseram que voltam ainda este ano.
Os dados corroboram que o retorno ao trabalho presencial é gradual. A diferença é que, agora, o adiamento parece vir com uma convicção de que 2022 será mesmo o ano da volta – ainda que num modelo “híbrido”, sem perder produtividade.
Em março, 74% dos entrevistados disseram que adiaram planos de volta por causa do surgimento de novas cepas de coranavírus. Na edição de julho, esse número caiu para 51%.
Para o sócio de mercados da KPMG no Brasil e América do Sul, Jean Paraskevopoulos, o recuo na preocupação com novas cepas sugere uma “acomodação” nas preocupações com a pandemia.
“O que vejo e escuto dos clientes é que, a partir de outubro ou novembro, uma parcela significativa da população estará imunizada com a segunda dose das vacinas. Aí, em dezembro ou janeiro, empresas e pessoas estarão mais confortáveis para uma volta ao trabalho presencial”.