(Reinaldo Bessa) – 15/07/20 – Por incorporacaoimobiliaria.com
Quem já passou pela Praça Tiradentes, no Centro de Curitiba, com certeza já avistou o edifício triangular Miguel Calluf, localizado na esquina da Avenida Marechal Floriano Peixoto com a Rua Cândido de Leão. O prédio, que faz parte do patrimônio histórico de Curitiba, já abrigou os hotéis Lord Hotel, nos anos 50, e depois o Hotel Eduardo VII nos anos 90. Agora, após cerca de 20 anos inativo, será reformado e restaurado e com um novo nome, Viva Curitiba. A paranaense VR Investimentos está à frente da iniciativa, em fase de pré-lançamento, que irá oferecer formatos variados e flexíveis de participação para investidores.
O edifício, de 23 andares, que faz parte de uma Unidade de Interesse de Preservação (UIP), terá intervenções sutis na estética, respeitando a arquitetura original. Segundo o estudo dos restauradores, alguns ambientes foram modificados ao longo dos anos, como o pavimento térreo, reformado em 1973, mas o acervo de mobiliário original permitirá recompor a ambientação de alguns espaços como eram anteriormente.
O Viva Curitiba vai abrigar apartamentos decorados e espaço de convivência em todos os andares, além de espaços de co-living, restaurante e café. A startup Housi será responsável pela gestão de 144 unidades e também das áreas comuns do prédio. A empresa funciona como uma plataforma de gestão e administração com foco no público investidor, que busca por alta rentabilidade por meio de locações residenciais, e também como um serviço de moradia digital para o público final, que procura um imóvel pronto, mobiliado e sem burocracia para alugar.
Marco na capital paranaense
Inspirado no Flatiron Building, primeiro arranha-céu de Nova York, o edifício curitibano com linhas Art Déco foi inaugurado em 1954 para abrigar o Lord Hotel, o mais importante da cidade na época, com 180 apartamentos. A iniciativa foi do empresário libanês Miguel Calluf, com projeto do engenheiro Ralf Leitner. O então governador Bento Munhoz da Rocha estimulava obras que representassem a modernidade da capital, em comemoração ao centenário da emancipação política do Paraná.
“Ensolarado, com amplas janelas e vista única da praça, considerada o marco zero da cidade, o empreendimento foi construído com o que havia de melhor na época, com materiais e equipamentos importados dos Estados Unidos e todo o luxo para receber celebridades e oferecer os maiores bailes de gala da cidade”, conta Luiz Fernando Antunes, diretor da VR Investimentos.
Trinta anos depois, o edifício passou a ser administrado por um grupo português e chamado de Eduardo VII, como ficou mais conhecido. Nos anos 2000 teve suas atividades paralisadas e foi mantido fechado e intacto pelo atual proprietário.